Damien Manivel começou a sua carreira artística como bailarino contemporâneo, antes de se dedicar ao cinema. Após concluir os estudos no Le Fresnoy Studio National des Arts Contemporains, realizou várias curtas-metragens premiadas, incluindo La Dame au chien, que ganhou o Prémio Jean Vigo, em 2010, e Un dimanche matin, selecionada para a Semaine de la Critique do Festival de Cannes, em 2012.
Estreou-se nas longas-metragens com o filme Un jeune poète, em 2015, apresentado em vários festivais internacionais, merecendo uma menção especial no festival de Locarno. A sua segunda longa-metragem, Le Parc, foi apresentada no Cannes ACID 2016 (Associação de Difusão de Cinema Independente) e, no ano seguinte, a sua terceira longa-metragem Takara - La nuit où j’ai nagé foi nomeada para melhor filme nos festivais de Veneza e Ghent. Entre outras nomeações, o filme foi ainda nomeado para o prémio Zabaltegi-Tabakalera no festival de San Sebastián.
O seu mais recente filme, Les Enfants d’Isadora, valeu a Manivel o prémio de melhor realizador no festival de Locarno e uma menção honrosa no festival de San Sebastián. Este é o seu primeiro filme sobre a dança e a sua expressão, expondo a sua perspetiva interdisciplinar entre as diferentes artes. Sobre a relação entre cinema e dança em Les Enfants d’Isadora, Manivel confessa que, apesar de serem áreas distantes, já quisera anteriormente explorar a sua junção, e explica numa entrevista (Elena Lazic, 2019) que o filme mostra como “a dança atravessa vários corpos, com várias idades, cada um deles trazendo consigo uma história diferente.”