Exílio 8125 é um manifesto dançado, onde Adilson percorre os Não Lugares que sempre habitaram a sua memória. Aqui, cada gesto é uma pergunta: onde termina o movimento natural da vida e começa o cansaço da resistência? Que partes de nós permanecem intactas — e quais se transformam para sempre — quando somos exilados dentro do próprio corpo? Entre o piano, a pulsação da MPC e o beat, dois territórios sonoros se cruzam: o clássico e o urbano.
Exílio 8125 é mais do que uma performance — é um corpo em manifesto. Em palco, Adilson percorre os Não Lugares que sempre habitaram a sua memória, traduzindo em movimento as contracções (popping) de quem dança para não desaparecer.
Inspirado na sonoridade afro-americana do Hip Hop, o espectáculo ergue-se como uma oração física onde cada gesto é uma pergunta: “Onde termina o movimento natural da vida… e começa o cansaço da resistência?”
Entre o piano clássico, a pulsação da MPC e o sopro da flauta, dois territórios sonoros se cruzam: o íntimo e o colectivo, o silêncio e a palavra. Da fricção entre mundos nasce uma linguagem nova feita de ritmo, memória, movimento e transcendência.
Exílio 8125 é a travessia de um homem que, tendo vivido toda a vida em Portugal, continua à espera de ser reconhecido como parte dele. Um exilado dentro do próprio corpo, em busca do direito mais simples e radical: existir com dignidade.
*Após o espetáculo, Dino D’Santiago, artista convidado, junta-se a Adilson para uma conversa aberta ao público sobre o exílio interior, a identidade e o poder transformador da arte.
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