Figura ilustre no contexto do cinema de autor italiano, Alice Rohrwacher estudou Literatura e Filosofia na Universidade de Turim. Em 2011, escreveu e realizou a sua primeira longa-metragem de ficção, Corpo Celeste, um drama realista sobre a educação católica de uma jovem rapariga, que se estreou na Quinzena dos Realizadores no Festival de Cinema de Cannes, onde foi galardoada com o Nastro d’Argento.


A sua segunda longa-metragem, O País das Maravilhas, foi apresentada na Competição do Festival de Cannes, em 2014, e é, em parte, um filme autobiográfico, evocando a infância da cineasta O filme ganhou o Grande Prémio do Júri, reconhecendo Rohrwacher como uma das mais importantes realizadoras de uma nova geração de cineastas transalpinos.


O seu último filme, Feliz como Lázaro (2018), tem sido internacionalmente aclamado tanto pela crítica quanto pelo público, tendo também integrado a Competição do Festival de Cannes, onde ganhou o prémio de Melhor Argumento.


Admiradora das obras de Buñuel e de Rossellini, Rohrwacher afirma, sobre o seu modo de olhar o cinema, que  “é preciso imaginar um mundo, e depois comparar esse mundo imaginado com o mundo real”, pois “para ser livre na imaginação, é preciso ser-se também muito realista” (Jonathan Romney, 2019).