Mark Peploe, também realizador, foi o argumentista dos grandes êxitos internacionais da carreira de Bertolucci (com quem tinha também uma relação familiar: Clare Peploe, a sua irmã, também realizadora, e com a qual Mark colaborou, era casada com o cineasta italiano): O ÚLTIMO IMPERADOR, em 1987, (galardoado com 9 Óscares, um dos quais para o argumento de Peploe), UM CHÁ NO DESERTO (1990), a partir da obra de Paul Bowles, e O PEQUENO BUDA (1993). Antes disso, foi o responsável pelo argumento da obra-prima de Antonioni, PROFISSÃO REPÓRTER (1975, o terceiro dos seus filmes em língua inglesa). Foi também ele que escreveu O TOCADOR DE FLAUTA (1972), o filme que Jacques Demy foi fazer a Inglaterra, com a interpretação de Donovan.
Como realizador, Mark Peploe, que começou pelo documentário, tem duas longas-metragens que se tornaram, podemos dizê-lo, filmes de culto: AFRAID OF THE DARK (1991), com James Fox e Fanny Ardant, e a adaptação de VICTORY, de Joseph Conrad, com Willem Dafoe e Irène Jacob, de 1996.
O LEFFEST exprime o seu pesar à sua família, em particular à sua filha, Lola Peploe, que em 2023 esteve no festival onde acompanhou o seu filme, que venceria, ex-aequo, a Secção Descobertas, GRANDMOTHER’S FOOTSTEPS, um diálogo com a sua avó Cloclo, pintora de paisagens, nómada estética e espírito livre, mãe de Mark e Clare Peploe, que nele participam, tal como Bernardo Bertolucci.