Brendel, que tinha uma ligação muito forte com o cinema, desde tenra idade, quando via, projectadas em casa em cópias de 8 mm, curtas metragens de Chaplin e Buster Keaton, e que na adolescência passava os fins-de-semana a ver filmes na sala que o seu pai dirigia, foi nesse ano membro do júri, com a actriz e realizadora Fanny Ardant e a violoncelista Sonia Wieder-Atherton, participou no simpósio “Arte vs Cultura e Indústrias Culturais”, que teve lugar no CCB, e o festival dedicou-lhe um programa especial, com a exibição dos filmes sobre ele e com ele, realizados por Mark Kidel: Alfred Brendel in Portrait / Simon Rattle (2001), Alfred Brendel on Music: Three Lectures (2011) e Set the Piano Stool on Fire (2011), e uma carta branca, tendo Brendel escolhido três filmes que o marcaram (O Fantasma da Liberdade (1974) de Luis Buñuel, If... (1968), de Lindsay Anderson, e Morgan: a Suitable Case for Treatment (1966), de Karel Reisz, que comentou numa conversa que pode ser vista aqui.
Numa maravilhosa sessão que decorreu no Amphiteatro de Chimica da Escola Politécnica, Alfred Brendel e o actor Willem Dafoe leram poemas do livro Collected Poems of Alfred Brendel: Playing the Human Game, publicado pela Phaidon, leitura que pode ser vista aqui.
O festival lamenta a sua morte e envia as suas condolências à família e amigos.