(Lisboa, 1966) Frequentou o Ar.Co e depois de uma curta estadia em Londres no Royal College of Art ingressou na School of Visual Arts em Nova Iorque, em 1997, onde residiu durante os seis anos seguintes. Em 2004 estabeleceu-se em Berlim e tem hoje uma ampla presença internacional em galerias e museus. Destaque para a presença nas Bienais de Veneza 2003 e São Paulo 2004 a convite dos respectivos comissários Francesco Bonami e Alfons Hug. Trabalhando sobretudo o desenho, Jorge Queiroz parte de um referencial pós-surrealista ou pós-simbolista para criar um universo eminentemente pessoal. Nos seus cenários oníricos omite qualquer organização ou hierarquia, subvertendo a relação figura-fundo ou interior-exterior, numa profusão de traços e marcas que parecem revirar-se sobre as suas próprias entranhas. Jorge Queiroz pertence a esse imaginário, demonstrando que a contemporaneidade está bem longe da noção de identidade enquanto Forma, do Eu-pele, do classicismo.