O Sangue

Vicente, um jovem de dezassete anos, vive nos arredores de Lisboa com o seu irmão mais novo, Nino, de dez anos, e o pai doente. A memória da mãe desvaneceu-se, e os irmãos mantêm uma ligação profunda com o pai, apesar da ocasional violência e ausências frequentes que caracterizam a sua relação. Um dia, o pai parte definitivamente, e Vicente e Nino fazem um pacto solene para ocultar a sua ausência: será o seu segredo. Comparando o cinema de Costa a Carl Dreyer, Adrian Martin escreve: “Desde os momentos iniciais do seu primeiro filme, O Sangue, Costa obriga-nos a ver algo de novo e singular no cinema, em vez de algo genérico e familiar. A fotografia a preto e branco (...) vai muito além de um mero efeito de alto contraste que está em voga. Trata-se de algo visionário: brancos que queimam, negros que devoram”.