Simone Bitton nasceu em Marrocos, em 1955, e vive entre Paris, Rabat e Jerusalém. Em 1981, licenciou-se no Institut des Hautes Études Cinématographiques (IDHEC). A sua obra é composta por mais de duas dezenas de filmes e séries documentais para cinema e televisão. O seu trabalho apresenta uma versatilidade formal – documentários de investigação, montagem de arquivo, filme-ensaio poético, reportagens em primeira mão e retratos íntimos de autores, artistas e figuras políticas de vanguarda – sem, no entanto, se afastar do seu compromisso político com a história, a cultura e o contexto actual das regiões do Médio Oriente e do Norte de África, num profundo empenho pessoal e profissional que os seus filmes atestam. A série que realizou, Les grandes voix de la Chanson Arabe (1990), e o filme Palestina, a história de uma terra (1993) são obras de referência, que foram distribuídas e transmitidas em vários países, mesmo 20 anos após o seu lançamento. The Wall (2004) e Rachel (2009) receberam vários prémios, entre eles o Prémio Especial do Júri do Festival de Sundance e o Prémio César. Bitton lecciona na Universidade Université Paris-VIII-Vincennes-Saint-Denis e é membro dos Ateliers Varan.
Elias Sanbar nasceu em 1947, em Haifa. Activista, escritor, historiador e diplomata, estudou em França, onde fundou a revista Revue d’étude palestiniennes, em 1981, e foi o seu editor-chefe até 2006. Ensinou direito internacional na Universidade Paris VII, e, mais tarde, foi professor no Líbano e na Universidade de Princeton. Desde 2006, é Embaixador da Palestina na UNESCO e é membro do Conselho Nacional Palestiniano. Nos anos 90, foi fundamental como mediador de paz. É tradutor do famoso poeta Mahmoud Darwish e já publicou vários livros, como Les Palestiniens dans le siècle (1994), Le bien des absents (2001) e livros de fotografias como Les Palestiniens: La photographie d'une terre et de son peuple de 1839 à nos jours (2004). Uma figura proeminente na defesa da Palestina, toda a obra de Sanbar tenta revelar ao mundo a sua identidade e riqueza cultural. Em 2005, recebeu o Grande Prémio da Francofonia pela Academia Francesa e, em 2011, foi condecorado Comandante da Ordem das Artes e Letras de França.