Jean Douchet, nascido em 1929 em França, é cineasta, historiador, crítico, escritor e professor de cinema. Após concluir os seus
estudos em Filosofia, começou a colaborar com La Gazette du Cinéma e, a
partir de 1957, com os Cahiers du Cinéma, onde conheceu outros críticos
que viriam a formar a Nouvelle Vague francesa, como Rohmer, Godard, Chabrol ou
Truffaut. Destaca-se cedo graças à acutilância do seu olhar crítico e assina
alguns trabalhos importantes sobre Alfred Hitchcock e a Nouvelle Vague, mas
também análises notáveis sobre as obras de cineastas como Murnau, Mizoguchi,
Vincente Minelli, Kurosawa ou Jean-Daniel Pollet. É pela mão de Douchet que
chega aos Cahiers Serge Daney, que viria a ser um dos mais icónicos
críticos da revista. Enquanto professor de análise fílmica, no Institut des
Hautes Études Cinématographiques e na sua sucessora La Fémis, as suas aulas
marcaram alguns dos jovens realizadores que foram seus alunos e que o
convidaram para participar nos seus filmes, como François Ozon, Émilie Deleuze
ou Xavier Beauvois. Douchet mantém há vários anos um cine-clube semanal na
Cinemateca Francesa, com uma análise e um debate com o público no final da
sessão. Anima ainda alguns cine-clubes francesas, noutras cidades, com sessões
mensais nos mesmos moldes.