Nascido em 1960, em Nazaré, Elia Suleiman é um cineasta, actor e argumentista palestiniano internacionalmente aclamado. Suleiman celebrizou-se com o seu filme de 2002, Intervenção Divina, uma tragicomédia moderna que retrata a vida quotidiana do povo palestiniano sob a ocupação israelita. Amplamente elogiada, a obra conquistou o Prémio do Júri no Festival de Cinema de Cannes nesse mesmo ano.
Antes disso, Suleiman viveu em Nova Iorque durante uma década, período durante o qual co-realizou a média metragem Introduction to the End of an Argument (1990) e realizou Homage by Assassination (1992). De regresso a Jerusalém, em 1994, Suleiman fundou o Departamento de Cinema e Media na Universidade de Birzeit.
A sua filmografia inclui ainda, entre outros, os filmes Chronicle of a Disappearance (1996), que ganhou o Prémio de Melhor Primeiro Filme no Festival de Veneza, O Tempo que Resta (2009), seleccionado para competir no Festival de Cannes, e O Paraíso, Provavelmente (2019), que recebeu uma Menção Especial do Júri em Cannes, e se estreou nesse ano no LEFFEST.
Na tradição de cineastas como Jacques Tati e Buster Keaton, Suleiman explora o burlesco e o quotidiano com a mesma sensibilidade poética. A sua obra é simultaneamente testemunho de uma grande criatividade e um enorme virtuosismo artístico, e do seu inabalável compromisso para com a causa palestiniana. Convidado habitual do LEFFEST, que já lhe prestou uma homenagem, Elia Suleiman será o presidente do júri da 17ª edição do festival.