Realizador italiano, Marco Ferreri (Milão, 1928-1997) começou por realizar anúncios publicitários e esteve envolvido nas filmagens de Cronaca di un Amore (1950) de Michelangelo Antonioni. Foi co-fundador da revista de cinema Documento Mensile, que contou com colaboradores célebres como Alberto Moravia, Luchino Visconti e Vittorio de Sica. Até 1958, dedicar-se-á à revista, articulando-a com a produção de filmes de baixo orçamento. Até 1968, muitos dos filmes de Ferreri foram afetados pela censura. Contudo, o seu primeiro sucesso de bilheteira interno foi o filme de acção Dillinger È Morto (1969). Ferreri procurou então impor aos seus filmes uma forte carga filosófica, conseguindo-o admiravelmente em Liza (1972) uma sátira protagonizada por Catherine Deneuve e Marcello Mastroianni. Mas o filme que lhe trouxe reconhecimento internacional foi La Grande Bouffe (A Grande Farra, 1973), uma crítica acérrima e escandalosa à sociedade de consumo.