Por Fanny Ardant e Gérard Depardieu

15 Novembro, 19h00
Teatro Tivoli BBVA
  • Eventos especiais

Publicado em 1981, Quarteto, de Heiner Müller, é um dos textos de culto da literatura alemã contemporânea, uma peça que, apesar de ter sido de imediato banida por “pornográfica” e “imoral" na RDA, tem uma longa história de representações, tendo sido levada à cena por muitos encenadores e actores consagrados um pouco por todo o lado.

No LEFFEST, teremos uma “estreia mundial” de Quarteto com Fanny Ardant e Gérard Depardieu, dois ícones do cinema e do teatro francês, que por diversas vezes trabalharam juntos.

É uma leitura de As Ligações Perigosas, de Choderlos de Laclos, que Müller (poeta e dramaturgo, que trabalhou no Berliner Ensemble e na Volksbühne) diz ter lido na “diagonal”, ou, dito de outra forma, “devorado, porque é mais rápido”, e depois “compreendido” em toda a sua “potência”. Para escrever uma peça sobre o desejo e a manipulação, um jogo de espelhos – são dois, são quatro? O visconde de Valmont, a marquesa de Merteuil; ou ainda Valmont enquanto Madame Tourvel, e Merteuil enquanto a jovem Volanges. Quem seduz, quem é seduzido, neste jogo que leva ao limite a manipulação e é um prenúncio de morte, entre “Um salão antes da Revolução Francesa” e “Um bunker depois da Terceira Guerra Mundial”?