Nascido em 1968 na Bulgária, Georgi Gospodinov é um escritor, poeta e dramaturgo de destaque na literatura europeia, com uma obra singular que ecoa as inquietações individuais e colectivas dos nossos tempos e que tem sido reconhecida com diversos prémios e nomeações. O seu romance de estreia, Natural Novel (1999), foi um êxito imediato, tendo sido publicado em 23 línguas.
O seu segundo livro, The Physics of Sorrow (2012), viu um sucesso ainda mais extraordinário, tendo esgotado no próprio dia do seu lançamento. Escrito em resposta a um artigo do The Economist de 2010 que se referia à Bulgária como “o sítio mais triste do mundo”, o romance parte desse destino trágico para ponderar sobre o modo como a tristeza – a do seu protagonista e a do seu país – pode ser vivida, acolhida e servir de impulsionadora à construção de um mundo mais empático. Em 2019, o livro foi adaptado para uma curta de animação por Theodore Ushev que, em 2016, havia já adaptado ao cinema um conto de Gospodinov.
Para além de romances, contos e peças de teatro, Gospodinov assinou o argumento de duas curtas-metragens, entre as quais Omelette (2009), que recebeu uma Menção Honrosa no Festival de Cinema de Sundance. Em 2015, escreveu também um libretto para a ópera Space Opera (2015) de A. Novak.
O seu mais recente livro, Refúgio no Tempo (2020), uma reflexão sobre a memória e a sua ausência, venceu a edição de 2023 do International Booker Prize. A tradução portuguesa do livro foi editada pela Relógio d’Água e será lançada no decorrer do LEFFEST’23.
Alberto Manguel é um escritor argentino, com cidadania canadiana, nascido em Buenos Aires em 1948. Publicou ficção e não-ficção, incluindo Uma História da Curiosidade, Com Borges, Uma História da Leitura, A Biblioteca à Noite e (com Gianni Guadalupi) Dicionário de Lugares Imaginários. Foi distinguido com vários prémios e galardões: Guggenheim, Comandante da Ordre des Arts et des Lettres Formentor, Alfonso Reyes, Gutenberg, Oficial da Ordem do Canadá, entre outros. É doutor honoris causa das universidades de Otava e York (Canadá), Liège (Bélgica), Poitiers (França) e Anglia Ruskin (Cambridge, Reino Unido). Até Agosto de 2018, foi o director da Biblioteca Nacional da Argentina. Actualmente, dirige o “Espaço Atlântida: Centro de Estudos da História da Leitura”, em Lisboa, cidade onde vive.