Rithy Panh nasceu em 1964, no Camboja. Com apenas onze anos, foi levado pelos Khmer Vermelhos para um dos seus campos de trabalho forçado, do qual apenas consegue escapar quatro anos depois, para o campo de refugiados de Mairut, na Tailândia. Em 1980, conseguiu mudar-se para França e cinco anos depois conseguiu matricular-se na La Fémis (na altura, IDHEC). O seu primeiro documentário, Site 2, estreou-se em 1989. Desde então, tem marcado presença regular na Competição Oficial do Festival de Cannes, com os filmes Les Gens de la Rizière (1994), Un soir après la guerre (1997), Les Artistes du théâtre brûlé (2005), Duch, le Maître des forges de l’enfer (2011), Exil (2016) e, mais recentemente, Rendez-vous avec Pol Pot (2024). Em 2013, A Imagem que Falta venceu a secção Un Certain Regard em Cannes e foi nomeado para o Óscar de Melhor Filme Internacional. Em 2020, Irradiés venceu o Urso de Ouro de Melhor Documentário no Festival de Berlim. Panh descreve-se como um “passador de memórias, em dívida para com aqueles que desapareceram” e os seus filmes são dedicados ao seu país, traumatizado pelas atrocidades que sofreu. A sua obra explora as memórias brutais da guerra e genocídio e os poderes regenerativos do cinema, da música, do teatro e da arte no geral na reconstrução do seu país.
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