Romancista, dramaturgo, poeta, ensaísta e argumentista, desde há uns anos recorrentemente referenciado como candidato ao Prémio Nobel de Literatura, Peter Handke nasceu em 1942 em Griffen, na Áustria. Ainda enquanto estudante, começou a estabelecer-se como escritor, integrando o chamado Grazer Gruppe, de que fazia parte também Elfriede Jelinek e Barbara Frischmuth. Abandonou os estudos em 1965 quando a editora Suhrkamp Verlag aceitou o seu primeiro romance para a publicação, Die Hornisse. No ano seguinte, começou a ser alvo de atenção com a sua participação no Gruppe 47, em Princeton, Nova Jérsia, um encontro de artistas avant-garde, onde apresentou a sua peça Publikumsbeschimpfung (Ofendendo o Público). Sobre a sua escrita, Handke escreveu, no ensaio Ich bin ein Bewohner des Elfenbeinturms (Sou um Habitante da Torre de Marfim): “O que me interessa não é criar sem método a partir da vida, mas sim encontrar métodos. Como se sabe, é a vida quem melhor escreve histórias, só que ela não sabe escrever”. Realizou dois filmes e colaborou com Wim Wenders nos guiões de algumas das suas obras, como As Asas do Desejo. Tem vários livros publicados em Portugal.