Amplamente aclamado como o maior cineasta vivo em Portugal, Pedro Costa nasceu em Lisboa, em 1959. Estudante de História na Universidade de Lisboa, largou os estudos para assistir às aulas do poeta e realizador António Reis na Escola de Cinema, onde acabou por ingressar, e logo trabalhou como assistente de realização de Jorge Silva Melo, Vítor Gonçalves e João Botelho. A sua primeira longa-metragem, O Sangue, teve a sua estreia mundial no Festival de Cinema de Veneza, em 1989, apresentando já o tom distintivo de uma obra marcada por uma atenção simultaneamente política e poética a vidas marginalizadas. O seu segundo filme, Casa de Lava (1994), rodado em Cabo-Verde, foi exibido no Festival de Cannes. Segue-se a célebre trilogia da Fontaínhas, composta por Ossos (1997), No Quarto da Vanda (2000) e Juventude em Marcha (2006), em que o cineasta retrata as vidas dos homens e mulheres – pessoas imigrantes, racializadas, pobres – que habitam esse bairro de Lisboa. Costa realizou ainda Onde Jaz O Teu Sorriso? (2002), onde acompanha o trabalho de Danièle Huillet e Jean-Marie Straub, e Ne Change Rien (2009), com a actriz Jeanne Balibar. Em 2012, integrou a longa-metragem colectiva Centro Histórico, a par de Manoel de Oliveira, Aki Kaurismäki e Víctor Erice. Em 2014, Cavalo Dinheiro recebeu o Leopardo de Ouro para Melhor Realização no Festival de Locarno e, em 2019, Vitalina Varela recebeu o Leopardo de Ouro para Melhor Filme no mesmo festival.


© Foto de João Pina