António Emílio Leite Couto, mais conhecido por Mia Couto, nasceu em 1955, na cidade da Beira, em Moçambique, filho de uma família de emigrantes portugueses. Estudou medicina, mas cedo abandonou o curso, enveredando pelo jornalismo. Com a independência de Moçambique, tornou-se repórter e director da Agência de Informação de Moçambique (AIM), da revista semanal Tempo e do jornal Notícias. Em 1985, abandonou a carreira jornalística e voltou a estudar, desta vez biologia e ecologia, área que lecciona na Universidade de Eduardo Mondlane. Como biólogo tem realizado pesquisa na gestão de zonas costeiras e na recolha de mitos, lendas e crenças que intervêm na gestão tradicional dos recursos naturais.
Mia Couto é um “escritor da terra” e um contador de histórias, escreve e descreve as próprias raízes do mundo, explorando a natureza humana na sua relação umbilical com a terra, através de uma linguagem extremamente rica e fértil em neologismos. Actualmente, é o autor moçambicano mais traduzido e divulgado no exterior e um dos autores estrangeiros mais vendidos em Portugal. As suas obras estão traduzidas e publicadas em 24 países, das quais algumas foram adaptadas ao teatro e cinema. Recebeu inúmeros prémios nacionais e internacionais, tais como o Prémio Vergílio Ferreira pelo conjunto da sua obra (1999) e o Prémio União Latina de Literaturas Românicas (2007). O seu romance “Terra sonâmbula” foi considerado um dos dez melhores livros africanos do século XX.
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