Maryam Touzani

Realizadora, argumentista

Nascida em Tânger em 1980, Maryam Touzani estudou Jornalismo em Londres e iniciou o seu percurso profissional como crítica de cinema. Acabou, no entanto, por explorar a sétima arte a partir de uma nova perspectiva, desde logo, destacando-se na escrita e realização de curtas-metragens – Quand ils dorment (2012) e Aya va à La Plage (2015). Touzani tem colaborado com o cineasta marroquino Nabil Ayouch (seu marido) em vários projectos, entre os quais Razzia – Céu de Casablanca (2017), que co-escreveu e protagonizou, Alto e Bom Som – A Batida de Casablanca (2021), seleccionado para a Competição Oficial de Cannes, e Everybody Loves Touda (2024), filmes realizados por Ayouch.

A sua estreia como realizadora na longa-metragem aconteceu com Adam (2019), que integrou a secção Un Certain Regard do Festival de Cannes e foi o candidato marroquino aos Óscares, no mesmo ano em que Touzani se tornou membro da Academia. O regresso à secção Un Certain Regard de Cannes deu-se com O Azul do Cafetã (2022), com argumento co-assinado por Touzani e Ayouch, colaboração que se repete no seu mais recente filme, Calle Málaga, exibido no LEFFEST, fora de competição, numa sessão que conta com a presença dos dois.