Nascida em Lisboa, Maria João Pires é uma das mais importantes pianistas da actualidade. Começou a tocar piano muito cedo: aos cinco anos deu o seu primeiro recital, e aos sete anos tocou publicamente um concerto de Mozart. Estudou no Conservatório Nacional, onde chegou a ser professora de piano. Ganhou reconhecimento internacional em 1970, ao vencer o Concurso Internacional do Bicentenário de Beethoven, em Bruxelas. 


Aclamada como uma das maiores intérpretes de Mozart dos nossos tempos, Maria João Pires foi galardoada com vários prémios e distinções, incluindo o Prémio do Conselho Internacional da Música e da UNESCO, em 2002, e o Prémio Internacional de Música Don Juan de Borbón, em 2006. 


Criou em Belgais, Castelo Branco, um centro para a “plena implementação das suas concepções musicais e humanísticas”. Em funcionamento desde o início da década de 2000, no Centro de Artes de Belgais realizam-se concertos, residências, performances, leituras, conferências, estudos e ensaios, o que faz daquele um importante polo de interdisciplinaridade na criação artística.


No cinema, para além de muitas das suas interpretações fazerem parte de bandas sonoras de vários filmes portugueses e estrangeiros, Maria João Pires surge como intérprete nos filmes de Manoel de Oliveira, A Divina Comédia (1991) e A Carta (1999), produzidos por Paulo Branco.