Autor de sete longas-metragens, Leos Carax, nascido em França, em 1960, é um dos cineastas mais idolatrados por cinéfilos de todo o mundo. No final da década de 1970, com apenas 20 anos, Carax entra para a redação dos aclamados Cahiers du Cinéma, tendo como editor-chefe o memorável crítico de cinema francês, Serge Daney. A sua primeira crítica ao filme Paradise Alley (1978), filme de estreia enquanto realizador de Sylvester Stallone, revelou, desde logo, o excêntrico e exigente olhar de Carax, forjando na crítica de cinema uma certa teoria do que, mais tarde, viria a ser o seu cinema. À semelhança de Jean-Luc Godard, François Truffaut, entre outros da que ficou conhecida como a fase da capa amarela dos Cahiers, Carax afastou-se da crítica para dar os primeiros passos na realização. A sua primeira curta-metragem, Strangulation Blues (1979), foi galardoada com o Grand Prix du Courts Métrages no festival de Hyères, em 1981. Aos 24 anos, assinou Boy Meets Girl – Paixões Cruzadas (1984), que conquistou o Prémio da Juventude no Festival de Cannes, e dois anos depois filmou Mauvais Sang – Má Raça (1986), que venceu o Prémio Alfred Bauer no Festival de Berlim e o Prémio Louis Delluc. O realizador francês cria um universo cinematográfico único que torna a estreia de cada um dos seus filmes um verdadeiro acontecimento. Com o provocador e surrealista Holy Motors (2012) conquistou inúmeros prémios e foi seleccionado para a competição do Festival de Cannes. Em 2021, Annette, uma ópera-rock fantástica e alucinatória, foi o filme de abertura do Festival de Cannes de 2021, onde venceu o Prémio de Melhor Realização. O seu filme mais recente, C’est pas moi, foi estreado no Festival de Cannes de 2024 e será exibido em Portugal no LEFFEST, na sua terceira participação no festival: em 2011, foi dedicada uma homenagem à sua obra, e, em 2023, Má Raça (1986) foi exibido na secção Sessões Especiais.
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