Juan Branco é um cineasta cuja obra explora os limites entre o compromisso político e a criação cinematográfica. Activo no mundo do cinema desde a adolescência, dirigiu várias curtas-metragens, incluindo Ivresses (2007), Toi + Moi (2010) e Dans l’antre du loup (2017), cada uma marcada por uma sensibilidade visual e narrativa distinta. Participou também no desenvolvimento de vários filmes notáveis, como Cosmopolis, de David Cronenberg (2012), adaptado do romance de Don DeLillo e seleccionado para a competição oficial de Cannes, e A Criança, de Marguerite de Hillerin e Félix Dutilloy-Liégeois (2022), que passou por festivais internacionais como Roterdão, Trieste e São Paulo.
Também advogado internacional e ensaísta político, Branco publicou mais de quinze livros, incluindo o bestseller Crépuscule (2019), sendo conhecido pelo seu envolvimento directo em grandes polémicas políticas e jurídicas. Profundamente influenciado pela cinefilia e pelo pensamento crítico, desenvolveu diálogos artísticos ambiciosos, destacando-se uma conversa filmada com Jean-Luc Godard e o produtor Paulo Branco. A sua escrita inclui ensaios e intervenções críticas sobre cinema, como a análise da estética de Alexander Sokurov e reflexões sobre a representação da abjecção em Son of Saul. Licenciado pela École Normale Supérieure e antigo investigador visitante em Yale e no Max Planck Institute, Branco traz ao cinema uma voz singular – radical, literária e intransigente.
Em 2025, Branco apresenta a sua primeira longa-metragem de ficção, O Massacre de Gilles de Rais, obra seleccionada para a Mostra de São Paulo – Special Presentation e Competição Oficial “Crouching Tigers” do Festival Internacional de Cinema de Pingyao, na China, e que será também exibida fora de competição no LEFFEST.
Juan Branco
Escritor, realizador, advogado