João Botelho, realizador e argumentista, nasceu em Portugal, em 1949. Estreou-se nas longas metragens com Conversa Acabada (1982), um filme com estreia mundial na Quinzena dos Realizadores em Cannes. Seguiram-se Um Adeus Português (1985) e Tempos Difíceis – Este Tempo (1988), vencedor do prémio FIPRESCI em Veneza, no qual adapta a obra de Dickens para a realidade portuguesa. Visitou também as obras de Garrett com Quem És Tu? (2000), recebendo por ele o prémio Mimo Rotella para Melhor Contribuição Artística na Bienal de Veneza, de Diderot com O Fatalista (2005), de Agustina Bessa-Luís com A Corte do Norte (2008) e de Pessoa com o Filme do Desassossego (2010). Os Maias (2014), baseado na obra clássica de Eça de Queirós, foi o filme português mais visto nos cinemas nesse ano, ultrapassando os 100 mil espectadores. Seguiu-se a “carta de amor” a Manoel de Oliveira com O Cinema, Manoel de Oliveira e Eu (2016) e o filme Peregrinação (2018). Ao longo dos seus 48 anos de carreira, João Botelho apresentou os seus filmes nos festivais de Cannes, Roma, Veneza, Berlim, Belfort e outros, onde foi frequentemente premiado. Em 2018, foi convidado e homenageado pelo LEFFEST, com a primeira retrospectiva da sua obra em Portugal até à data. O seu mais recente filme, O Jovem Cunhal (2022), examina a vida do histórico dirigente do Partido Comunista Português, o revolucionário Álvaro Cunhal.
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