Um dos mais importantes romancistas do nosso tempo, J.M. Coetzee nasceu na África do Sul, Cidade do Cabo, a 9 de Fevereiro de 1940.


Após ter estudado Inglês e Matemática na sua cidade natal, mudou-se para Inglaterra, em 1962, onde viveu e trabalhou durante três anos como programador informático, preparando simultaneamente uma tese sobre o romancista Ford Madox Ford.


Em 1968, Coetzee obteve um Ph.D. em Linguística, na Universidade do Texas, em Austin, com uma dissertação sobre a análise estilística por computador do trabalho de Samuel Beckett.


O seu percurso literário na ficção inicia-se em 1969, com o livro Dusklands, publicado em 1974, na África do Sul. O reconhecimento mundial surge com obras como In the Heart of the Country (1977), Waiting for the Barbarians (1980), Life and Times of Michael K (1983), obra galardoada com o Booker Prize, Foe (1986), Age of Iron (1990), Master of Petersburg (1994) e Disgrace (1999), que lhe valeu o segundo Booker Prize, tornando-se no primeiro autor agraciado duas vezes com o prémio.


Prossegue uma sólida carreira no universo da ficção literária com Elizabeth Costello (2003), Slow Man (2005), Diary of a Bad Year (2007), The Childhood of Jesus (2013), The Schooldays of Jesus (2016) e The Death of Jesus (2019). Destacou-se também na ficção autobiográfica, com as obras Boyhood: Scenes from Provincial Life (1997), Youth: Scenes from Provincial Life II (2002) e Summertime (2009), ao longo das quais explora um universo duplamente factual e ficcional, baseado nas suas próprias vivências.


A sua obra conta ainda com inúmeras traduções e ensaios críticos.


Em 2003, recebeu o Prémio Nobel da Literatura.


Actualmente, J.M. Coetzee vive na Austrália, onde integra o corpo honorário de investigação da Universidade de Adelaide, no departamento de Estudos Ingleses.