Cédric Villani é um conceituado matemático francês, nascido em 1973, galardoado com a Medalha Fields em 2010 – prémio muitas vezes apelidado de Nobel da Matemática. Depois de ter estudado na Escola Normal Superior de Paris, onde foi posteriormente professor assistente durante quatro anos, defendeu, em 1998,a sua tese de doutoramento sobre a teoria matemática da equação de Boltzmann, para a qual teve como supervisor Pierre-Louis Lions, um conceituado matemático francês que também recebeu a Medalha Fields, em 1994. Entre 2000 e 2010, Villani foi professor na Escola Normal Superior de Lyon, mudando depois para a Universidade de Lyon, onde é actualmente professor. Como visitante, deu aulas também em Atlanta, Berkeley e Princeton, nos Estados Unidos. Em 2009, assumiu a direcção, cargo que ainda ocupa, do Instituto Henri Poincaré, uma instituição com mais de 80 anos de história, que se dedica a receber investigadores e a potenciar a troca de ideias e que é um pilar fundamental das matemáticas francesas. Além da Medalha Fields, Cédric Villani já recebeu o prémio da European Mathematical Society (2008), o prémio Henri Poincaré (2009) e o prémio Fermat (2010), entre outros, e tem sido, graças à sua popularidade para lá dos campos científicos, o porta-voz da comunidade matemática francesa nos média e nos círculos políticos. As suas principais áreas de investigação são a teoria cinética (equações de Boltzmann e Vlasov e as suas variantes) e o transporte óptimo e as suas aplicações, campo em que é autor de duas obras de referência. Em 2014, Cédric Villani foi convidado do Lisbon& Estoril Film Festival, no âmbito de uma sessão especial dedicada à relação entre Cinema e Matemática, na qual foram exibidos, entre outros, os filmes La main de Villani (Jean-Michel Alberola), e Comment j’ai Détesté les Maths (Olivier Peyon), ambos com a sua participação. O seu livro mais recente, Teorema Vivo, vai ser publicado em Portugal pela Gradiva.