Arturo Ripstein

Realizador

Arturo Ripstein nasceu em 1943 na Cidade do México. Filho de um dos maiores produtores de cinema do México, Alfredo Ripstein Jr., contactou desde cedo com a sétima arte. Começou a carreira pela mão de Luis Buñuel, seu mentor, trabalhando como assistente de realização em O Anjo Exterminador (1962), e poucos anos depois, em 1966, realizou a sua primeira longa-metragem, Tiempo de morir, escrita por Carlos Fuentes e Gabriel García Márquez, e financiada pelo seu pai.

Desde então, já realizou mais de 60 filmes, com várias obras-primas que o colocam como um dos maiores cineastas – senão mesmo o maior – do cinema mexicano, numa extensa colaboração com a sua esposa, a argumentista Paz Alicia Garciadiego. O primeiro filme em que trabalharam juntos foi El imperio de la fortuna (1986), o grande vencedor dos Prémios Ariel (os principais do cinema mexicano) nesse ano, com nove estatuetas, incluindo Melhor Filme, Melhor Realização e Melhor Argumento Original.

Outros títulos importantes de Ripstein são El santo oficio (1974), A Rainha da Noite(1994), e El coronel no tiene quien le escriba (1999) nomeados para a Palma de Ouro do Festival de Cannes; Vermelho Vivo (1996), estreado na Competição do Festival de Veneza, onde venceu a Osella de Ouro para Melhor Argumento, Melhor Banda Sonora e Melhor Design de Produção; El evangelio de las maravillas (1998) e Así es la vida (2000), estreados na secção Un Certain Regard de Cannes; e La perdición de los hombres (2000), vencedor da Concha de Ouro, Melhor Argumento e Prémio FIPRESCI no Festival de San Sebastián.

A sua obra mantém relações profundas com a tradição do cinema clássico mexicano e, dentro desta, com aquele que é o seu género mais específico: o melodrama. Ripstein transforma-o em filmes que fundem a beleza e a visceralidade crua, a compaixão e a violência, com uma melancolia que toca todos os "pecadores", por mais sombria que seja a sua verdade. O realizador estará presente nesta edição do LEFFEST, que lhe presta homenagem.

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