Uma das maiores atrizes do cinema e do teatro espanhol das últimas décadas, Marisa Paredes faleceu no final do ano passado, deixando para trás um legado de força e sensibilidade.
Nesta celebração, o público poderá revisitar A Flor do Meu Segredo (1995), de Pedro Almodóvar, e conhecer Las cartas perdidas (2021), de Amparo Climent. O primeiro é um dos mais inesquecíveis papéis de Paredes, sobre uma escritora de romances cor-de-rosa em crise, incapaz de continuar a escrever finais felizes, e pelo qual venceu o Prémio de Melhor Actriz no Festival de Karlovy Vary. O filme é exibido no Cinema Nimas, domingo, 16 de Novembro, seguido de uma conversa com María Isasi (filha de Marisa), Chema Prado (o companheiro de Marisa) e Manuel Martín Cuenca.
Por sua vez, Las cartas perdidas passa no dia 15, na Sala 2 do Cinema São Jorge, e terá apresentação de María Isasi. Trata-se de um documentário ficcionado que dá voz às republicanas perseguidas e silenciadas pelo franquismo, com situações recriadas (e baseadas em cartas reais de mulheres presas ou exiladas) por grandes actrizes, num tributo às vítimas e à verdade histórica.
Inserido na Homenagem a Arturo Ripstein, será ainda exibido Vermelho Vivo (1996), no dia 15, outro dos papéis notáveis de Marisa Paredes, numa obra-prima do cineasta mexicano. A sessão contará com uma masterclass de Ripstein.